terça-feira, 27 de outubro de 2009

O Paradoxo do Nosso Tempo



"Nós bebemos demais, fumamos demais, gastamos sem critérios, dirigimos rápido demais, ficamos acordados até muito mais tarde, acordamos muito cansados, lemos muito pouco, assistimos TV demais e rezamos raramente.

Multiplicamos nossos bens, mas reduzimos nossos valores. Nós falamos demais, amamos raramente, odiamos freqüentemente. Aprendemos a sobreviver, mas não a viver; adicionamos anos à nossa vida e não vida aos nossos anos.

Fomos e voltamos à Lua, mas temos dificuldade em cruzar a rua e encontrar um novo vizinho. Conquistamos o espaço, mas não o nosso próprio.

Fizemos muitas coisas maiores, mas pouquíssimas melhores.

Limpamos o ar, mas poluímos a alma; dominamos o átomo, mas não nosso preconceito; escrevemos mais, mas aprendemos menos; planejamos mais, mas realizamos menos.

Aprendemos a nos apressar e não, a esperar.

Construímos mais computadores para armazenar mais informação, produzir mais cópias do que nunca, mas nos comunicamos menos.

Estamos na era do 'fast-food' e da digestão lenta; do homem grande de caráter pequeno; lucros acentuados e relações vazias.

Essa é a era de dois empregos, vários divórcios, casas chiques e lares despedaçados.

Essa é a era das viagens rápidas, fraldas e moral descartáveis, das rapidinhas, dos cérebros ocos e das pílulas "mágicas".

Um momento de muita coisa na vitrine e muito pouco na dispensa.

Uma era que leva essa carta a você, e uma era que te permite dividir essa reflexão ou simplesmente clicar 'delete'.



Lembre-se de passar tempo com as pessoas que ama, pois elas não estarão por aqui para sempre. Por isso, valorize o que você tem e as pessoas que estão ao seu lado."

George Carlin

domingo, 25 de outubro de 2009

Será Mago?!

Olá, minha gente? Como vão essas forças...tudo rijo? e esses ossos? É com pouco agrado, que noto que há para aí um pessoal que mesmo quando não há nada de especial por aqui, insistem em vir perder um naco do precioso tempo para aqui. Não tendes mesmo nada para fazer, cambada de lambões...ide trabalhar, e deixem de ir para as tascas beber copos, que isso não contribui em nada para o aumento pib, mas tb quero que se foda o Pib, por isso vão levar no cú e contribuam para o aumento de homossexuais, esse merda é que está a dar. Quem não se quiser dedicar a esta merda, dedique-se ao treino do garrafão e se não quiserem que vos empurrem o cócó para dentro, enfiem as rolhas no cú.. Esta merda pode ir ter com o velho Saramago, que já não pode com a voz, mas estou-me a cagar para o Saramago e só aqui vir para por um videozinho a todos os que gostam de vir cuscar umas merdas, que se fodam essas merdas de discussões sobre a religião. Mas, não me estou a cagar para essas merdas de discussões sobre religião, e o man, tem razão no que diz, pode andar a fumar charutos com o Fidel, mas nesta merda tem razão..e se pensarmos que há gaijos que gostam de levar no cú...porque é que a Igreja e o Vaiticano, são contra estas merdas. Cada um sabe o que lhe dá prazer e deve ser livre para escolher o que mais lhe dá prazer, não sei porque vêm essses cagalhões evocar a biblia, para dizer que essa merda da paneleiragemquerer levar no cú, é pecado. Fodasse, quem quer levar no cú que leve, não se metam na vidas das pessoas. Nesta merda o Saramago, tem bem razão, já para não falar dos presevativos e da bíblia do dia seguinte, já nem falo nessa merda.Não devia ter pensado em vir aqui colocar um video. Não devia ter pensado em falar de homosexuais. Não devia ter falado do Saramago. Mas já que aqui estou, aproveito para dizer que não se devem meter na vida uns dos outros, e devem respeitar a opinião uns dos outros e fodam-se bem fudidos....assim como os nervos.

domingo, 18 de outubro de 2009

17Hippies

Vai falar pró .......................

Fala

Fala a sério e fala no gozo
Fá-la pela calada e fala claro
Fala deveras saboroso
Fala barato e fala caro
Fala ao ouvido fala ao coração
Falinhas mansas ou palavrão
Fala à miúda mas fá-la bem
Fala ao teu pai mas ouve a tua mãe
Fala francês fala béu-béu
Fala fininho e fala grosso
Desentulha a garganta levanta o pescoço
Fala como se falar fosse andar
Fala com elegância - muito e devagar.

Alexandre O'Neil

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Contos da freguesia

E é assim, tudo está bem quando acaba bem. Não tenho tido muito tempo para conversas, nem estou com muito apetite para escrever. A vida não está fácil. Estou aqui a ouvi um man que gosto muito e acho que quem não conhece devia apostar em ouvir. A partir de hoje vou ser o novo presidente da junta, algo que nunca me esforcei para conquistar e cargo para o qual me estou a cagar. Só fui para lá porque me disseram que não fazia nada, só precisava de lá ir 1 ou 2 vezes por semana, para ver umas merdas e falar com o pessoal do povo, algo que não me apetece muito, mas lá vou ter que fazer o sacrifício. Espero ganhar umas boas lecas para rebentar no póquer que esta merda de jogar ao burro em pé, é coisa de meninos e home que é home tem que jogar ó poquer como deve ser, não há cá feijões, mas sim estanho a sério e eu, estou disposto a perder muito dinheiro com esta brincadeira.Na altura o Chico pedreiro falou-me na sapataria que precisavam de um gajo bem parecido, bonito, inteligente e que fosse ambicioso. Eu, ainda pensei que ele se tivesse a por a jeito para ser enrrabado, mas lá percebi que o que o chico dizia era verdade. Disse-lhe logo que não tinha vida para aquela merda e que não era gajo para usar gravata e que não tinha perfil para aqueles corridas, mas que de facto sou possuidor de uma inteligência acima da média, nisso ele não se tinha enganado mas, continuava com um problema, que era o de dizer muitas caralhadas. Então ele combinou que ele arranjava um gajo para dar a cara, e eu só tinha que dar as ideias. E assim foi, com o perfil do filho do peixeiro, que com os seus olhos azuis, ganhou o voto das velhas da terra e com os tiques de paneleiro conquistou o dos homens, a minha vitória foi uma brincadeira, mais fácil do que limpar o cú a meninos. Só tive que arranjar um slogan e dar umas ideias aqui para a terra, o que foi canja, foi mais facil do que limpar o cú a meninos, difícil foi o tempo que perdi para que o cara de caralho percebe-se as ideias, mas com o tempo consegui. E assim, a minha esperança higiénica renasceu pois, a partir de agora quando acordar de manha terei água para lavar os colhões. Esta foi uma das promessas, e a que mais me interessa cumprir.

Não vou rever nada do que está.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Failure

Frederico García Lorca

Terra seca
terra quieta
de noites
imensas.

(Vento na oliveira,
vento na serra.)

Terra
velha
do candil
e da pena.
Terra
das fundas cisternas.

Terra
da morte sem olhos
e as flechas.

(Vento dos caminhos.
Brisa nas alamedas.)